quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

50 tons de idiotice!



Olá meus amores,

Após algum tempo depois de postar esta matéria, decidi reescrevê-la em certos pontos porque além de ter amadurecido muitos pensamentos, melhorei a escrita. Mas quero deixar claro que minha opinião continua a mesma. Isso não é um livro, é um lixo ambulante feito para deslumbrar meninas que não compreendem a profundidade da escolha que é o amor, muito menos o que é sadomasoquismo.

Ainda reforço que o livro é uma cópia obscena do famoso Crepúsculo, que apesar de ser doentio em diversos temas, ao menos não abordou de forma tão escrota/xula o sexo. E não, não estou me referindo a como a autora descreve as cenas sexuais, estou me referindo ao relacionamento estabelecido entre os dois.

Repito que:
"A necessidade da autora de colocar na personagem principal toda a sua frustração de vida é simplesmente deprimente. Não existe nenhuma menina senão Bell...ops! Anastasia.
Ela é a TAL, a garota capaz de fazer tudo. Feia para si mesma e desejada entre TODOS os homens."

"Ana" é uma garota inexperiente, não somente na vida sexual, mas também em relacionamentos em geral. Apesar de a mesma se posicionar veemente contra o dinheiro do 'Magnata Perfeito', no geral ela cede aos caprichos do dinheiro.

Não preciso me aprofundar no tema manipulação, de ambas as partes. Não é só uma questão de concessão, ambos tem a extrema dificuldade de se comunicar por medo da retaliação do outro, e mesmo que a garota vá ficando mais corajosa e fazendo mais as coisas que deseja, sempre tem a ideia de punição. E não galera, por mais que ela passe a gostar desta ideia, não é algo que estava lá. Ela vê a necessidade de se modificar em praticamente tudo para que Grey a aceite.

Uma colega me disse que acha lindo a forma como Grey vai mudando por Ana, e neste aspecto mesmo ela estando certa, este não é o caminho correto. As pessoas não mudam pelas outras, elas precisam mudar por si mesmas.

Grey é controlador e manipulador de uma forma doentia. Tudo que acontece com a menina precisa estar dentro do alcance dele. Ana não é uma pessoa, é um objeto, uma posse. Ele tem problemas psicologicos decorrentes dos abusos sofridos quando era criança e projeta todos os seus '50 tons' nela.

É claro que os fãs mais criticos do livro irão me questionar se uma pessoa com traumas não tem a chance de ter uma vida, se apaixonar e etc. Sim, elas tem. O que me incomoda verdadeiramente no livro é como a autora apresenta um relacionamento doentio sem explicar todas as consequências e problemas que é viver com uma pessoa como Grey. Ela nunca ultrapassa a linha do excrupulo, e acredite, isso romantiza a situação de modo que as menininhas/mulheres menos informadas pensem que é absolutamente fácil lidar com todos os problemas do aparentemente perfeito Sr. Grey.

O problema de romantizar estas situações é criar ideias de histórias perfeitas na cabeça das garotas de modo que se elas encontrarem um cara de gosta de bater, elas vão pensar que existe a possibilidade fácil de ele simplesmente mudar por ela. As coisa não acontecem assim. E por mais que você goste de alguém, não importa o quão aparentemente perfeito ele é, você precisa gostar de si mesma primeiro.

Os três livros se resumem a desejo sexual, posssesão, dinheiro e xiliques emocionais. Não confunda cuidado com possessão, muito menos amor. Ana se casa com um cara que ela mal conhece, e o argumento de que ela conhece o lado pior dele não vale, um casamento não é baseado nos pilares NÃO apresentados no livro. Amor não se resume a sentimento, tem haver com escolha.

Ana tem a oportunidade de ter uma vida normal, em que ela pode ser ela mesma com outros caras, mas eles simplesmente não são o bastante ($$). Esta parte é a mais hipócrita na minha opinião, se você não é a favor de ser sustentada, e sim eu considerei o fato de ela continuar trabalhando, não banque a menina eu não ligo para o seu dinheiro, mas desfruto de tudo. O que Ana apresenta é só discurso, porque no final das contas ela sempre cede.

Livro péssimo, não recomendado para pessoas(de nenhuma idade, sexo, estado, país, planeta) que só remete a mais um monte de idiotices para que meninas mais novas passem a acreditar que poder ser uma Anastasia Grey. Ou seja, uma mulher que é escrava de suas vontades sexuais, casada com um maníaco psicótico e vai achar que ele é um menininho maltratado (por que estas mulheres insistem em colocar crianças?).

Não entendo a necessidade de dimunuir o cara em uma criança complexada, ele pode ter dificuldades por causa disso, mas é somente no que interessa ele. Quando ele precisa ser um magnata ultramegapower inteligente ele é, quando ele tem interesse de agir de forma coerente ele age, mas quando ele age como uma pessoa doente, ele é o pobre coitado que sofreu abusos quando criança. Não me agrada a ideia de vitimizar somente o necessário para fazer o leitor comprar a ideia.

Olha, não sou nenhuma psicóloga nem psiquiatra, mas se eu consigo identificar um problema sério na personalidade do novo desejado do momento, acredite meu amigo leitor, este cara têm realmente um problema. É gritante!

Livro? Lixo!
Crescimento? Nenhum!  (na verdade preciso de algumas seções com a Valéria Carneiro)
Romance? Estilo Disney Obsceno
Nível de Normalidade? Por favor recomendo que oremos pela mente da autora, ela precisa da sua ajuda.

Amigo leitor, quer ler algo que preste? Recomendo C.S.Lewis.

Minha critica, meu ponto de vista. Não gostou, siga em frente.


Tessalonicenses 5: