segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Foca nEle!


Olá meus lindos e fofuxos (eu sei que você ta mais cheiinho neste fim de ano) 

Faz um tempo que não posto nada no final de ano, mas minha mensagem de Feliz Natal de 95123456 anos atrás já deu né? Pois bem, você já sabe que lá vem história, então senta e leia atentamente.


Nós sabemos que o Natal e Fim de Ano trazem muita esperança, família, comida, pessoas felizes e é claro contas bancárias zeradas... Não foi diferente comigo. E antes que venham os mimimi's, aviso que não estou aqui para criticar gastos e coisas do tipo "Cristo não nasceu em dezembro, isso é festa pagã e coisa o capitalismo". Eu penso meu querido leitor, que apesar de ser verdade em parte o que muitos gostam de dizer (com ar de superioridade muita das vezes), sou o tipo de pessoa que apesar de conviver com a realidade, gosto muito de ser como Cristo e ver as coisas boas também, alegra meu coração ver os diversos de trabalhos voluntários pelo mundo em que o ser humano se aproxima do amor. De qualquer forma, vamos a história.


Para os presentes de natal fomos eu, meu noivo e minha mãe na Oiapoque, um local onde temos uma variedade de artigos altamente caros e originais de marcas estrangeiras ( http://www.belohorizonte.mg.gov.br/local/compra/shopping/shopping-oiapoque-shopping-popular ), porque sou muito ryca e phyna (ironic). Quem mora em Belo Horizonte sabe que não chega perto de uma 25 de Março (São Paulo), mas que a Oi (apelido carinhoso) é uma enorme sauna humana em épocas como esta. Obviamente a Oiapoque estava abarrotada de compradores, vendedores e é claro dos nossos amigos asiáticos que eu nunca sei se são da china ou do japão, se estão acordados ou dormindo e que eu penso seriamente em oferecer pastel de flango em troca de desconto.

Vamos ao meu problema e de minha mãe. Nós duas somos dois projetos de Hobbit com uma mistura de Elfo (pq somos lindas e pq eu gosto, ponto final), o que significa que somos minúsculas e constantemente engolidas pela multidão. Infelizmente não tem uma árvore para dar uma Zaqueu por lá então tínhamos duas opções, nos perdemos do meu noivo e uma da outra ou andar em fila indiana de mãozinha dada igual na escolinha (os corredores não minúsculos e SIM duas pessoas ocupam o mesmo espaço). Devido ao turbilhão de pessoas era impossível fazer isso. Eu não sei vocês, mas acho chato me perder das pessoas toda hora e quem é pequeno sabe que enxergar a um palmo de distância com todos na sua frente é a mesma coisa que nada. 

Então encontramos uma solução! Meu noivo tem 1,90 ( não vou falar minha altura e da minha mãe, mas afirmo que temos mais de 1,50 :D) e você amigo leitor sabe que no meio de uma multidão a coisa mais fácil do mundo é achar uma, quase única, cabeça pairando sobre todos! Tomamos meu noivo por guia/norte, onde sua cabeça ia nós íamos atrás. Eu não sei minha mãe, mas achei bastante hilário ficar seguindo a cabeça do Mateus, além dos vários corpos na nossa frente eu só conseguia ver a cabeça dele.

Depois de um tempo seguindo meu noivo pela Oiapoque comecei a observar uma coisa. Estando juntos ou não, tendo pessoas entre nós ou não, eu não estava preocupada em me perder e mesmo não tendo a menor noção do que tinha à frente dele, eu só o seguia. Eu não podia ver para onde ele ia, ou se tinham obstáculos na minha frente, mas sabia que se tivesse ele iria pelo melhor caminho ou estaria na frente para bloquear. Eu podia me separar dele, mas mesmo estando distante e com muitas pessoas entre nós eu só precisava olhar por cima das pessoas que eu o achava. 

Foquei no Mateus né, o período inteiro em que estivemos lá. No final, cheguei a conclusão que nós estávamos confiando cegamente na capacidade do meu noivo de nos guiar escolhendo o melhor caminho para duas pequenas que estavam engolidas pela multidão. Por que confiamos nele? Não era só porque ele era maior, era também porque nós duas sabíamos que ele nos ama e iria cuidar de nós duas. Aí claro né, me lembrei de Cristo...

Interessante isso né, a vida vai engolindo e diminuindo a gente. São tantos problemas que vão vindo como em uma enxurrada e são tantos dias que passamos acreditando que o próximo ano será melhor, ou que alguma vai mudar porque parece que faz um belo tempo que estamos perdidos no meio da multidão. É um empurra empurra daqui, uma apertada de lá, uma trombada e uma cotovelada daqui... A gente acaba por olhar pro chão, dando um jeito de evitar os pisões nos pés e limitamos nosso olhar só na altura do meio das costas tentando não trombar em ninguém. Quando saímos de uma multidão de problemas, ao virar a esquina achando que vamos respirar fundo, olha lá a outra multidão vindo de novo. Acabamos por nos contentar em olhar somente pro meio das costas e continuar seguindo, isto quando seguimos.

Esquecemos de olhar pro alto, esquecemos que temos um norte. Paramos de enxergá-lo porque só olhamos na altura do meio das costas. Perdemos o foco, não procuramos mais, não subimos nas árvores porque não conseguimos nem ver a arvore mais, a multidão está na frente. A multidão de problemas está sempre lá tapando a visão. Aí mesmo que Jesus esteja em nossa frente abrindo o caminho, levando todo o impacto da multidão, nós não o vemos. Por que? Porque só olhamos até o meio das costas, não vemos a cabeça, não reconhecemos o seu andar porque estamos preocupados demais tentando fazer o trabalho dEle porque acreditamos que ele não está ali. 

Talvez neste final de ano você esteja pensando só em continuar seguindo no meio da multidão, evitando os solavancos, trombadas e cotoveladas. Mas espero meu caro leitor, que você se recorde de olhar para cima mais uma vez. Olhe por cima da multidão, olhe por cima dos problemas, sei que você vai achá-lo, Ele está sempre a altura dos nossos olhos. Deixe ele ser seu guia, abra caminho no meio da multidão, se esprema, leve as cotoveladas que forem necessárias para chegar novamente até Ele, e deixe que ele vá na sua frente abrindo o caminho. As vezes achamos que Deus não está no nosso lado, e de fato Ele não está, está a nossa frente sofrendo todos os impactos e abrindo o caminho para que possamos seguir os nossos sonhos.

Esqueça a multidão, FOCA NELE! Quando focamos em Deus, a multidão pode até vir, mas passará sem carregar partes de você ou te derrubar! 

Ah! E não se esqueça, meu noivo podia ir indo na frente, mas ele sempre dava aquela olhadinha de canto de olho para se assegurar que eu e minha mãe estávamos atrás de dele. Não se preocupe, Deus sabe onde você está, se você for em direção à Ele, acredite Ele vai te esperar.

Um Feliz 2016! Que seu ano seja focado nEle  

Aquela musiquinha básica: http://youtu.be/8wEHlcwPzYY

"Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim,
Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus."
Filipenses 3:13,14

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A Estrada



Boa noite meus amores, depois de um tempinho(bondade minha, desde janeiro que não encontro tempo) sem postar, estou voltando com uma matéria que escrevi quando estava no seminário. Tenho um certo carinho por esta mensagem por ter escrito ela tão novinha e por mesmo naquela época, por motivos vivenciais eu acabei por perceber sobre nossa estrada da vida. Leia esta história e se coloque como o personagem principal, você é este personagem e você está correndo, então pare e leia.



Um velho caminhava por uma estrada, sozinho durante um começo de tarde, seus passos eram calmos e sua respiração era tranquila. Seu tênis pisava o asfalto de corrida com total zelo e seus olhos observavam a paisagem que estava a sua volta. Enquanto o velho caminhava absorto em seus pensamentos, passou por ele um jovem, com um fone de ouvido tocando uma música empolgante, correndo feito um louco. Seu corpo escorria suor e ele mal conseguia respirar. Mesmo passando rente ao velho, este jovem não o notou continuando a correr para alcançar a sua meta. Horas mais tarde, quando o velho finalmente chegou ao final da estrada se deparou com uma cena que o fez rir, o jovem estava deitado em um banco quase sem fôlego com os olhos confusos e com as mãos na cabeça como se ela doesse. Calmamente o velho sentou-se ao seu lado, respirou fundo e perguntou:

- Meu amigo, o que houve?
- Não sei. – Disse o rapaz.

Gentilmente o velho sorriu e de seu bolso retirou um remédio para dor de cabeça e entregou ao rapaz que aceitou desesperado.
- Não entendo. – Disse o rapaz. – Eu corri o mais rápido que pude cheguei ao final da estrada, gastei o menos tempo possível e ainda me sinto como se tivesse que correr por mais umas dez desta. É como se eu não consegui atingir minha meta. Como se eu tivesse que correr mais rápido. Não entendo. – Repetiu o jovem.

O velho sorriu e sabiamente disse.
- Meu jovem, a questão não é chegar o mais rápido possível. A vida não é uma corrida desenfreada para se alcançar algo, pois caminhos são feitos para caminhar não para correr feito um louco. Com certeza se você tivesse vindo andando, sem fones de ouvido teria percebido o quão linda é a estrada que você andou e certamente sua impressão de ter que correr mais dez destas, se deve ao fato de que você correu pela estrada sem desfrutá-la.

- Mas isso é tão difícil, digo é mais fácil correr e chegar ao fim da estrada logo do que caminhar por ela e passar por coisas desagradáveis no meio do caminho. Se eu correr as dificuldades não serão rápidas o bastante para me alcançar. – Disse o jovem confiante.
Naquele momento o velho se levantou e fez uma proposta ao jovem. Eles fariam novamente o mesmo percurso, porém eles caminhariam pela estrada ao invés de correr. Não tendo o que fazer o jovem aceitou meio carrancudo e foi com o velho. Durante todo o caminho o jovem, mesmo não ouvindo as suas músicas, pôde ouvir o canto dos pássaros e o som do vento nas árvores e folhas. Ele observou nitidamente a paisagem e pode ouvir com bastante calma seus pensamentos, e o som do seu coração. Ao final da estrada sua cabeça não doía, e suas pernas não reclamavam de uma dor insuportável como da ultima vez. O velho se pôs a frente do jovem e sorrindo o abraçou.

- Meu amigo, não se esqueça. As estradas mais difíceis são aquelas que você tem que caminhar calmamente, dia a dia, passando pelos obstáculos lentamente e observando tudo o que este caminho pode te oferecer. Porém são estas estradas difíceis, longas e demoradas que nos fazem merecedores da vitória. Olhe a sua volta e veja o lindo pôr do Sol que está a sua frente, se você tivesse vindo correndo e ido embora naquela hora não presenciaria algo assim. Você precisa fazer todo o trajeto sem se apressar nem se atrasar pra chegar a um lugar e contemplar tudo o que lhe será concedido, pois tudo acontece no tempo certo, nem antes nem depois.

Dito isso o jovem e o velho se apertaram e suas lágrimas escorriam molhando um ao outro.
Enquanto isso ao longe uma criança observava um toda a cena que aos seus olhos era completamente estranha. Ela via um homem parado abraçando o vento e chorando. Sem entender ela correu até o senhor e disse:
- Com quem você tá falando moço?
E o homem enxugando as lágrimas abaixou-se e sorrindo respondeu:
- Comigo mesmo criança. Hoje eu ensinei a mim mais uma vez que todos os dias eu tenho que caminhar, e não correr, pela estrada de um problema, que só assim eu vou aprender a lidar com ele e ser merecedor da recompensa no final.

A criança olhou para o homem e sorrindo saiu correndo em direção a mãe. Anos mais tarde aquela criança se tornou uma jovem atarefada, sua vida era uma constante correria e tudo se resumia a trabalho e estudo. Nunca tinha tempo pra si, e mesmo quando tinha acabava se esquecendo das coisas que se prometia.
Certo dia no final de uma tarde bem chuvosa, a jovem voltava encolhida debaixo de seu guarda chuva, correndo como sempre. Como a calçada estava escorregadia a jovem caiu no chão. Nervosa por ter escorregado, caído, se machucado e por estar perdendo seu tempo ficou ali parada por uns instantes resmungando. Quando levantou a cabeça para se pôr em pé, em meio aos grossos pingos de chuva ela viu a velha pracinha onde brincava quando criança. Naquele instante seu coração bateu fortemente e seus olhos se encheram de água quando lhe veio a memória aquele homem de anos atrás. Devagar a jovem se levantou e foi em direção a praça, sentou-se no banco ao final da estrada e começou a fitar a estrada lembrando-se de todo o caminho apressado que ela tinha feito até agora. Fechou seu guarda-chuva, se levantou e começou a caminhar devagar pela estrada. Calmamente ela pôde sentir tudo que acontecia a sua volta, percebeu que a chuva era gostosa, que o cheiro de terra molhada era agradável e o mais interessante, ela entendeu que mesmo que todas as pessoas da Terra estivessem correndo, a Terra continuava a girar na mesma velocidade, calmamente.

Ao chegar ao final da estrada a jovem, sorrindo, prometeu a si mesma que todos os dias ela iria caminhar e não correr, pois o seu verdadeiro eu só poderia ser ouvido no caminhar da estrada. Assim a jovem voltou para a sua vida e calmamente caminhou pelas estradas que a vida lhe impôs, sempre ouvindo e sentido tudo a sua volta.
Se observarmos, Jesus nunca correu em nenhum momento na Bíblia, por cada estrada que ele passava seus passos eram pacientes e atentos. Se Jesus tivesse corrido para chegar aos lugares, Ele provavelmente não perceberia nem ouviria várias pessoas que estavam a beira da estrada pedindo socorro.

Quando corremos, nos esquecemos que a maioria das pessoas que precisam de ajuda, estão paradas esperando que alguém passe pela estrada e as perceba. Mas como iremos perceber se estamos ocupados demais correndo? Como poderemos ouvir a nós mesmos quando o que conseguimos ver é só o final da estrada?
O importante não é só o que te espera ao final da estrada, mas é também tudo o que você passou para merecer chegar ao final dela. Se corremos pela estrada não deixamos de ouvir somente os que necessitam, mas a nós mesmos o que gera um esquecimento de quem nós realmente somos.

E aí, que tal caminhar hoje? Experimente ouvir tudo aquilo que o silêncio diz, pois é o no silêncio da estrada que você ouve e vê TUDO.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Filho(a) de quem?





Eu vivo prometendo voltar a escrever, mas confesso que no ano passado se tornou uma tarefa extremamente árdua com a faculdade e os acontecimentos atuais. Tenho muitas matérias para compartilhar, mas ainda penso que muitas delas, estão apenas em fase de esboço. Faltam algumas palavras e situações que ainda não presenciei para me trazer a sabedoria de termina-los. Hoje me abstenho em uma matéria cotidiana (como se alguma minha não tivesse sido antes, rs). 

Gosto de pensar no quanto posso aprender apenas com algumas palavrinhas ou situações inusitadas. Acredito que a maioria dos filhos de pastores irão se identificar com maior intensidade porque citarei minhas situações pessoais aqui. Bem, quem não sabia agora já sabe que sou filha de pastor. Conhecida popularmente como “filha do pastor Ariel”, ou também da “inspetora Eunice”. rs

Mais recentemente fui a uma igreja com meu namorado e fui apresentada como a namorada do Mateus. E eu achando que lá eu ia ser a Rebeca. Ledo engano. (rs)

É impressionante como não tenho nome...

Não que eu queira apresentar uma teoria feminista com este texto, na verdade me surpreendi por como eu já tomei posse destes nomes dados a minha pessoa, e como nunca tinha percebido de fato o valor deles. Quer dizer, meus pais são pessoas tão importantes para os outros, que eu sou lembrada por ser filha deles. Isso me lembra um pouco a história de Jacó, que na verdade era de José, mas a bíblia começa com: “Esta é a história de Jacó...”.

É engraçado como passei tantos anos empenhada em estabelecer meu nome, que nem notei que a maioria dos privilégios que tive foi por ser filha de quem eu sou. E na verdade, acredito que todos nós passamos por isso, seja pro bem ou pro mal. Se seus pais foram ou são pessoas exemplares você recebe privilégios, óbvio que também responsabilidades, diante do nome deles que você carrega. Se o for o contrário, você também é marcado por isso. Quantas vezes consegui algumas coisas a mais por ser a filha do pastor Ariel. Quantas vezes os professores me tratavam diferente porque eu era a filha da inspetora Eunice. E apesar de odiar não ter um nome, nunca reclamei de ter meus privilégios.
Pra falar a verdade acredito que a maioria por aqui na terra pensa o mesmo. Odeiam ser chamados como filho do fulano ou do beltrano, mas na hora de receber seus privilégios as reclamações são tão brandas que nem são ouvidas. Né?

Mas, além disso, obviamente pensei em Deus. Quer dizer, se somos cristãos, somos filhos dEle. Se somos filhos dEle, em algum lugar por aí, quando perguntam de nós, acredito que a resposta seja: Aquela ali? Ela é filha de Deus. 

Ou não...

Somos filhos na hora da benção, da súplica, do perdão e da salvação. Mas será que somos filhos em outros momentos? Quer dizer, não que nos tornássemos órfãos, mas será que agimos como filhos? O problema consiste no fato de que justamente não deixamos de sermos filhos...

Na época em que eu aprontava, eu não deixava de ser a filha do pastor Ariel ou da inspetora Eunice. Eu era a filha de pastor revoltada que não ia para o céu (SIM ESTE JÁ FOI UM APELIDO MEU). Eu era a filha da inspetora Eunice que estava fazendo coisa errada. Isso sempre foi um prato cheio tanto na igreja, quanto no trabalho da minha mãe. E acredite, é um prato cheio quando nos dizemos cristãos e fazemos coisas que não condizem.

Pensa comigo. Você é filho de Deus, diz que serve a Ele, que Ele é seu pai, mas suas atitudes não dizem isso. Não é seu nome que está sendo manchado apenas, é? Na verdade a responsabilidade vai para aquele que é responsável por você. Suas atitudes dizem sobre o que os seus pais te ensinaram, ou como te criaram, mesmo que eles não tenham te ensinado algo.

Preocupo-me com isso porque temos uma quantidade enorme de cristãos que apresentam pratos cheios para os céticos e críticos por aí. E no final das contas mancham o nome da família inteira não é mesmo? Para aqueles que ainda lutam para se desfazer destes nomes, meus caros, preciso dizer que um dia será assim com seus filhos. E eles serão reconhecidos pelo que você é, e assim continuará. Não que você seja um ninguém, na verdade, você é, mas existe uma importância que só fará sentido quando você for pai. Até mesmo porque nós filhos sabemos como nossos pais enchem a boca para dizer “este é meu filho” quando sentem orgulho de nós. E sabemos também, que quando precisamos ser defendidos, de uma forma ou de outra nossos pais e família, são os primeiros a bater o pé e dizer: Oh, peraí! Fulano é meu filho/irmão!!

Não acho que seja diferente com Deus, nem com nossos irmãos em Cristo. Aquele momento em que o Diabo vem jogar as coisas na minha cara posso até ouvir o som das batidas do pé de Deus lá cima. Aquelas batidas nervosas de pé que nós sabemos que precede a um puxão de orelha (que inclusive levamos a uns dias atrás). Deus levanta e vai logo dizendo: “Cê ta louco? Fulano é meu filho! Ta falando o que dele?”

Posso ouvir também os argumentos, até bem verdadeiros, do Diabo nos acusando das coisas que nós de fato fizemos. Acho que a melhor parte vem agora. É aquele momento em que seu pai bota o vizinho pra correr, dizendo que na casa dele quem manda e resolve as coisas é ele. Você até sabe que vai apanhar ou ficar de castigo, mas sabe que não vai vir de fora e que nem será maior do que você possa aguentar. Porque vamos combinar né, Deus é um paizão bom demais da conta. Ele é puro amor e nunca corrige com ira. Você sabe que na hora que o Diabo termina a lista das bagunças que você fez Deus já te colocou do lado dEle e já está com os braços cruzados com aquela cara de “não meche com meu filho não”. E Ele fala né, traz o contrato da adoção, esfrega o sangue na cara do Diabo e fala com ele pra ir cuidar dos filhos dele.

Resta saber filho de quem você é. Não que ser filho do Diabo não tenha seus privilégios, já fui atraída milhares de vezes por eles, mas no final das contas o Diabo nem bom pai é. É daqueles que bebe o dia inteiro, fala asneiras, só faz elogios com um fundo de interesse, não te corrige, não te ensina e se vem outro tentar te bater, bem capaz dele assistir e te acusar junto.
Bem, eu sou filha de Deus, do pastor Ariel e da inspetora Eunice (recentemente, namorada do Mateus rs’). Um dia sei que meus filhos serão reconhecidos pelo meu nome e do meu esposo. Mas e você? Você é filho de quem?




"O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus."